Sunday, December 6, 2009

"Soltar Amarras!"

Expressão típica entre os divorciados.
Muitas vezes representa a perspectiva feminina de libertação de um modelo de casamento que deveria ter morrido na geração anterior.

Não é o meu caso. Nunca me senti "dominado", mesmo que isso possa ter acontecido em alguns momentos da vida conjunta.

O que sentia é que a família era aquela, entre nós e os nossos filhos.

Hoje não sei explicar se aquilo que me prende à mãe deles é apenas isso. Mas sem dúvida que é a explicação mais fácil.

Certo é que se não me tivesse que cruzar com ela tudo ficaria mais simples de desligar.

Posto isto, e no intuito de trilhar o meu próprio caminho, o que posso ambicionar?
Considerar que a minha família não tem maternidade? Apostar na reconciliação possível? Tentar uma nova relação?

Não tenho resposta mas já ponderei bastante sobre cada uma das soluções.
Uma nova relação traz sempre novas situações, não necessariamente simples.
Cada pessoa tem a sua rede emocional e eu ainda tenho dificuldade em compreender a minha, quanto mais duplicar a existente.
A reconciliação, nesta fase do campeonato em que cada um ainda quer afirmar-se como dono do seu destino, diagnostica um final igualmente infeliz.
Pois, resta-me ficar no meu mundo, mais não seja para o tentar compreender.

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